Não basta sermos bons, temos que ser ótimos!
- Ana Paula Pongelupe
- Aug 1, 2017
- 3 min read

Outro dia, outro aeroporto, agora em Curitiba. Adivinha?! Frio! Só para variar um pouco, juro que não entendo porque deixam as salas e o avião tão frios? Mas hoje quero falar de “chegar em casa” .
Adoro viajar, mas chegar na minha casa, dormir na minha cama e no meu travesseiro…. É maravilhoso. Só quem viaja muito pode entender o quanto o nosso cantinho é bom!
Não precisa ser sofisticado, nem todo arrumadinho, nem ser novo, ou outra coisa que está nas revistas de decoração ou nos olhos das pessoas, mas aquela sensação de ninho, de pertencimento, de se reconhecer em cada canto, objeto ou até bagunça. Mas toda viagem nos dá a possibilidade de abrirmos nossa mente para o novo e assim aprender, em pensar em novas visões e até reconhecer nossos erros, desculpem, equívocos. Quando viajamos aprendemos e comparamos tudo, lugares, pessoas, comportamentos, paisagens, enfim, tudo até nós mesmos.
Pois bem, fui para um lugar distante a Polônia, país que, se não fosse a minha filha morar lá, não estaria nos destinos sonhados para eu conhecer. Mas filha, depois de alguns pedidos, um choramingo, e muita saudade fomos conhecer tal país. Como se diz, mordi a língua. Que país! Tudo bem, só conheci Varsóvia e Torun, mas se o resto for a metade, já está acima da média nacional nossa.
Bem, para começar no avião de Paris para Varsóvia o primeiro contato com o povo. Alegre, falante, simples, cordial. Encantador! A cidade ampla e LIMPA, muito limpa. Parece normal para quem vive nos países da europa ou USA, mas para nós brasileiros, que convivemos com a sujeira de todos é de encher os olhos. Silêncio, educação no trânsito, sem buzinas, sem carros barulhentos, silêncio. Apesar do frio, a estação mais linda, o outono. Tudo amarelo, laranja vermelho. Estava dentro de uma pintura ou aqueles quebra-cabeças de algum lugar dos sonhos. Pois esta é a Polônia, incrível.
A cidade estava comemorando 70 anos do início da sua reconstrução. Inacreditável o que um povo pode fazer. O velho e o novo juntos em harmonia. Muitos jovens, muitos velhos. Todos falam inglês, ou quase todos. Respeito às regras de trânsito, dentro e fora dos carros. Poucos lixos, cada um cuida da sua sujeira. Muito trabalho, mas com alegria, sem preconceitos de tarefas. Crianças educadas. Ainda estou agradecida à minha filha pela oportunidade, a este país pela acolhida minha e principalmente por ter acolhido minha filha. Ok, lá tem problemas também, mas não no nível dos nossos. Já sei o que você pensou, mas lembre que estão reconstruindo um país tem apenas 70 anos.
Mas vamos voltar ao início e juntar tudo. É bom voltar para casa, mas, quando você volta para o seu país e vê a situação dele e do povo que acha que trabalhar e estudar é horrível! Que acha que não tem responsabilidade pelo lixo que joga no chão. Que pode passar no sinal vermelho, atravessar uma rua sem ser na faixa de pedestre. Que acha que sua opinião é melhor que a do outro e que realmente acredita que a sua religião lhe dá esse direito. Que acha que pode tirar proveito do patrimônio alheio, seja o público ou privado ( roubo mesmo). Que se contenta com pouco por preguiça!
Dá trabalho crescer, aprender, sobreviver em invernos rigorosos, em guerras. Mas, meu povo, será que essa comodidade não está nos levando ao buraco? O que falta para acordarem? Tem que começar com ações concretas dentro das nossas vidas. Cuidar da nossa educação, do nosso trabalho. Acredito que não podemos ser simplesmente bons , atualmente precisamos ser ótimos! Fazermos tudo no padrão ótimos, só aceitar atendimento ótimo. Sermos ótimos filhos, ótimos pais, ótimos profissionais, ótimos estudantes, ótimos!


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